A Unidade Local de Saúde (ULS) de Amadora-Sintra recebeu até ao momento 6,7 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), um valor abaixo do montante já gasto, que ultrapassa 8,1 milhões de euros. Apesar do financiamento contratualizado ser de quase 25 milhões, a discrepância nos valores levanta dúvidas sobre a celeridade da execução dos projetos previstos para reforçar o sistema de saúde na região.

De acordo com informações prestadas pela ULS à revista Sábado, a verba ainda em falta destina-se à aquisição de equipamentos para o novo Hospital de Sintra e à criação de uma unidade de internamento em psiquiatria. No entanto, com a lentidão no desembolso dos fundos, aumenta o receio de que os investimentos necessários não cheguem a tempo de aliviar a sobrecarga do Hospital Amadora-Sintra, que continua a operar em condições críticas.

Este hospital, que serve cerca de 600.000 pessoas, já foi classificado como estando “muito abaixo dos limites de segurança clínica” pela Ordem dos Médicos. A falta de recursos e o atraso na aplicação dos fundos do PRR podem comprometer ainda mais a capacidade de resposta desta unidade hospitalar.

A urgência de desbloquear estes fundos e garantir que os investimentos são executados de forma eficaz deve ser uma prioridade do Governo. A saúde da população da Amadora e de Sintra não pode continuar refém da ineficiência na gestão dos fundos europeus.