Amadora Liberal

25 de Novembro: A Consagração da Democracia Portuguesa e o Desafio da Revolução Liberal

Num destes dias, participei numa conferência online sobre um tema controverso, que divide muito as opiniões, tanto entre os setores mais conservadores como entre os setores mais liberais. Durante a tertúlia, o objetivo seria encontrar soluções “liberais” para resolver um determinado problema ou, pelo menos, mitigar as suas consequências.
É claro que, durante essa discussão, tive de me impor com a seguinte frase: “Será que o liberalismo é a solução para todos os problemas nacionais?”

Quando nos afiliamos a um partido, têm de haver pontos de convergência mínimos que nos levem a acreditar que determinado partido representa, em parte, as nossas ideias e pensamentos, o que, de uma forma geral, chamamos ideologia partidária. Claro que é sempre muito complicado encontrarmos um único partido que seja um completo “match” partidário, porque uma organização política é, por natureza, plural nas ideias e, obviamente, nas soluções. Em tom de brincadeira, digo que “se até nós temos gostos diferentes de roupa, imagina dentro do mesmo partido?”. No final do dia, somos todos seres pensantes com ideias diferentes, mas que, por regra, convergem numa linha de pensamento político, e é aqui que entram os diferentes partidos, com diferentes políticas (ideias).

No meu caso pessoal, a Iniciativa Liberal foi o partido com o qual mais me identifiquei, mas será que isso significa que o liberalismo é a solução para tudo o que de menos bom acontece a nível local, nacional e/ou global? Não! Aliás, é sempre um erro um partido focar-se demasiado numa única linha de pensamento político, porque não permite evoluir, ouvir e amadurecer. Nunca fui da opinião que as melhores soluções estão concentradas numa única vertente política, até porque isso foi o que nos levou sempre a tomar várias decisões baseadas na ideologia e na demagogia, e não no interesse nacional e local.

Quem estiver a ler este texto deve perguntar-se: “Se assim é, por que te juntaste a um partido? Qual a razão de escolheres a Iniciativa Liberal?” A minha resposta é simples: acredito que o sistema liberal é o mais justo, o mais “ouvinte” e o mais capaz de solucionar muitos dos nossos problemas socioeconómicos. Acredito que é na força liberal que reside a solução para todos os problemas, mas não acredito que seja no liberalismo que resida a fonte de todas as soluções. São todas estas razões que me levaram a juntar-me a este partido, bem como ao núcleo da Amadora, porque acredito que é no âmbito local onde o liberalismo tem mais utilidade. São locais onde as populações mais sentem que os “clubismos” políticos afetam a sua vida e onde a indiferença dos três anos e seis meses de uma campanha eleitoral carregada de promessas partidárias se faz sentir. Nesses locais, vê-se a desilusão de ver o poder local abandonar os verdadeiros problemas que afetam a vida das pessoas, e onde sei que, nós, liberais iremos fazer a verdadeira diferença.