Face às recentes noticias que têm surgido na Comunicação Social, o Núcleo da Iniciativa Liberal da Amadora expressa a sua crescente preocupação com o impacto do turismo de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS), particularmente no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), instituição central para os residentes da Amadora e Sintra. Este hospital, que serve uma das regiões mais densamente povoadas do país, enfrenta uma pressão crescente que compromete a qualidade dos serviços de saúde prestados aos cidadãos que, ao longo de décadas, têm contribuído com os seus impostos para o financiamento do SNS.

Um Sistema de Saúde Sob Pressão

O HFF é reconhecido pelo seu papel essencial na prestação de cuidados de saúde a cerca de 600 mil pessoas, servindo uma das áreas mais densamente povoadas do país. Contudo, a procura por parte de utentes não residentes tem colocado uma pressão adicional sobre os seus recursos, já por si limitados. Esta situação é preocupante para o Núcleo da Iniciativa Liberal da Amadora, que teme pelos impactos negativos na qualidade do serviço prestado à população local.

Entre as principais preocupações, destacamos:

• Sobrecarga nos serviços de urgência, já frequentemente lotados, o que agrava os tempos de espera e dificulta o atendimento prioritário aos residentes.
• Falta de recursos humanos e materiais, que impede o hospital de responder de forma eficaz à procura crescente.
• Impacto nas listas de espera para consultas e cirurgias, prejudicando a população que depende exclusivamente do SNS.

Defesa de Soluções Sustentáveis

Defendemos que a liberdade de escolha e a eficiência na gestão pública são compatíveis com um SNS sustentável e que assegure cuidados de qualidade aos seus utentes. Assim, propomos uma abordagem que garanta que o turismo de saúde não seja um fator desestabilizador para o HFF e para os residentes da Amadora.

Cobrança transparente e eficiente a Não Residentes:

• Defendemos a implementação de um sistema que garanta o pagamento pelos serviços prestados a estrangeiros não residentes, seja através de seguros obrigatórios, seja por cobrança direta. Este modelo permite gerar receitas adicionais sem onerar os contribuintes locais.

Apoio à Autonomia Local do HFF:

• O HFF deve ter maior autonomia para gerir os recursos gerados pelo turismo de saúde, investindo diretamente em infraestruturas e pessoal. Isso garante que o hospital pode responder melhor às necessidades locais.

Colaboração Público-Privada:

• Acreditamos que parcerias com o setor privado podem ser uma solução eficaz para aliviar a pressão sobre o SNS, permitindo que o HFF se concentre no atendimento prioritário aos residentes.

Monitorização Rigorosa:

• É fundamental monitorizar o impacto do turismo de saúde no HFF, criando indicadores que avaliem tempos de espera, qualidade dos serviços e recuperação de custos.

O Núcleo da Iniciativa Liberal da Amadora reitera a sua preocupação com a sustentabilidade do SNS e o impacto do turismo de saúde na qualidade dos serviços prestados pelo HFF. Acreditamos que é urgente discutir soluções que preservem o acesso a cuidados de saúde para os residentes da Amadora, promovendo simultaneamente um modelo de gestão eficiente e justo.

Comprometemo-nos a trabalhar junto das entidades competentes para assegurar que o HFF continua a ser um pilar de saúde para a região. Só com uma abordagem séria e responsável será possível conciliar o aumento do turismo de saúde com a qualidade dos cuidados prestados aos residentes.