No 25 de Abril de 2025, a Iniciativa Liberal da Amadora reafirmou que a Liberdade pertence a todos, e que a Democracia se constrói com coragem, responsabilidade e ação concreta.

A liberdade é, acima de tudo, uma oportunidade para sermos melhores. No 25 de Abril, celebrámos na Amadora esta preciosa oportunidade com determinação e sentido de dever. Fizemo-lo sem esperar convites formais daqueles que julgam possuir exclusividade sobre a democracia.

Nos Recreios da Amadora, assistimos a uma sessão limitada não apenas pelo número restrito de cadeiras, mas sobretudo pela estreiteza de visão dos discursos habituais. Discursos que, ano após ano, repetem-se numa espécie de liturgia política esvaziada de propostas concretas para os desafios atuais. 

Para além da propriedade, a questão que mais foi colocada é se o 25 de Abril se cumpriu. Sim, cumpriu-se. Cumpriu-se porque hoje podemos expressar livremente a nossa voz e agir segundo as nossas convicções. Aqueles que proclamam que Abril está por cumprir confundem liberdade com utopia. A liberdade já foi conquistada; o que falta agora é exercê-la com coragem, responsabilidade e visão prática.

É com alguma ironia que assistimos, ano após ano, ao desfile das mesmas figuras, vestindo cuidadosamente as suas melhores vestes, bem guardados em papel-seda, especialmente para a ocasião. Esses momentos de gala podem ser reconfortantes para alguns, mas o verdadeiro é enfrentar os problemas concretos da cidade: habitação digna, transportes eficazes, segurança pública e uma economia local próspera.

Curiosamente, somos dos poucos a celebrar igualmente o 25 de Novembro, outra data crucial que consolidou a democracia pluralista em Portugal. Fazemo-lo porque entendemos que a democracia não pertence a uma só fação, mas a todos os cidadãos que a defendem e preservam diariamente.

Portugal e em especial a Amadora, ainda sofre com uma visão política paroquial e antiquada, presa ao passado em discursos vazios que ignoram o presente. Falamos mais do que desejamos ser do que propriamente fazemos para sê-lo. É urgente entender que a liberdade não é apenas um monumento ao passado, mas uma ferramenta essencial para construirmos um futuro melhor.

A liberdade não é garantia de perfeição; é sim a melhor oportunidade que temos para a procurar. Se falhamos nesta busca, não é por falta de liberdade, mas por falta de vontade e coragem em utilizá-la plenamente.

Continuaremos a estar presentes, com convite ou sem ele, porque não existem proprietários da Democracia nem monopolistas da Liberdade. A Revolução de Abril não se fez para criar novas elites, mas para dar ao povo a possibilidade de construir um país melhor. Esta é a missão que honramos todos os dias – não apenas com palavras, mas sobretudo com ações.